domingo, 15 de janeiro de 2012
"LAYNE STALEY"
Layne Thomas Staley (Kirkland, 22 de agosto de 1967 – Seattle, 5 de abril de 2002) foi o vocalista e co-letrista da banda grunge e metal, Alice in Chains e dos grupos de curta duração Mad Season e Class Of '99, conhecido por sua voz potente e comovente. Nos anos 1990, ele era viciado em heroína, o que levou a queda em sua carreira, e eventualmente tomou sua vida.
Layne Thomas Staley nasceu em 22 de Agosto de 1967 em Kirkland, Washington, filho de Phil Staley e Nancy McCallum. Ele tinha oito anos de idade quando seus pais se divorciaram, depois do qual foi acolhido por suas irmãs e sua mãe.
Quando jovem, era tímido e falava pouco no colégio. Era, algumas vezes, vítima de risos de seus companheiros de sala. Mas o garoto tímido cresceu e em 1987 começou a tocar com Jerry Cantrell... os Alice in Chains estavam formados. Algum tempo depois, a banda estoura com a explosão de grandes bandas vindas de Seattle e
que se espalhou por todo o mundo: o movimento Grunge.
Boa parte das letras de Staley, refletiam seu vício em heroína e parte refletia a falta que sentia do seu pai. Ele achava que com uma banda conhecida,
seria mais fácil de encontrá-lo, e de fato isso aconteceu. Mas teve uma surpresa ao descobrir que seu pai era um viciado em drogas também, o que somou em sua depressão.
Formação musical
Layne começou a tocar bateria quando tinha doze anos, porém o seu verdadeiro desejo era cantar, desejo que conseguiu quando montou sua primeira banda, chamada Sleze, que segundo ele era uma mistura de "speed metal" com "glam rock", passando depois para a banda Alice'n Chains, onde adicionou uma levada mais "groove" no som, até chegar a banda "Diamond Lie" de Jerry Cantrell em 1987, que teve seu título alterado para "Alice In Chains" alguns anos mais tarde. Era um garoto dedicado, com uma voz extremamente marcante, dono de uma presença de palco raramente vista. Porém, com o tempo, passou a possuir um vício que ele mesmo repudiava, a heroína.
Esse nojo que tinha por si mesmo era mostrado em diversas canções da banda, como "Sickman", "Dirt", "Angry Chair", "Grind" e muitas outras em que ele se diz "sujo", "morto por dentro" e afirmava ter tomado um caminho sem volta.
Apesar de tentar se livrar do vício, nunca conseguiu devido a dependência ser forte demais e pela influência de seu pai, que se drogava e o incentivava ao mesmo.
Desde o disco MTV: Unplugged, sua fraqueza em saúde era visível e Layne começou a
se fechar em seu condomínio, evitando que as pessoas o vissem naquele estado.
A banda parou de fazer turnês e começaram a ser lançadas coletâneas do tipo
The Best Of e álbuns que não traziam muitas novidades.
A dependência de Layne se intensifica e devido a sua reclusão,
surgem diversos rumores de suicídio.
Morte
Após diversos rumores de suicídio desmentidos, Layne estava fraco e o dia fatídico chegou. Layne caiu em depressão profunda após a morte de sua namorada Demri Parrot, vítima de endocardite bacteriana,doença causada pelo uso de drogas. Após isso, seus problemas com as drogas só pioraram e Layne acabou sendo encontrado sem vida em seu condomínio vítima de uma overdose letal de heroína combinada com cocaína
(droga conhecida como "speedball") no dia 20 de Abril de 2002, seu corpo já entrando em estado de decomposição. O dia da sua morte foi dado como 5 de abril pela perícia, coincidentemente o mesmo dia da morte de Kurt Cobain, outro ídolo da música grunge. Ao lado de seu corpo foram encontrados diversos tipos de drogas e até mesmo
pertences pessoais.
Após sua morte, Layne recebeu homenagens do seu amigo e parceiro de banda Jerry Cantrell e de diversas bandas, como o Pearl Jam, uma outra banda Grunge da
cidade de Seattle.
Legado
A influência de Staley tem sido percebida em outros gêneros. Três livros foram escritos sobre ele, dois pela autora Adriana Rubio (Layne Staley: Angry Chair e o recente Layne Staley: Get Born Again, descrito como "um 'livro novinho em folha' apesar de ser uma versão revisada e atualizada com a inclusão de dois novos capítulos, 'Hate To Feel' e 'Get Born Again', do elogiado livro Angry Chair")
e o ainda a ser lançado Itch, Love Stories About Heroin de Tanya Vece, baseado nos últimos cinco anos de vida do vocalista e com relatos de fãs sobre a importância de Staley para suas vidas. Em 28 de setembro de 2006, um projeto cinematográfico relacionado ao livro mais recente de Rubio sobre Staley foi anunciado:
"Segundo uma nota para a imprensa da ARTS Publications, a jornalista/autora argentina Adriana Rubio foi contactada pelo roteirista/diretor Eric Moyer de Philadelphia sobre transformar sua biografia do falecido vocalista do Alice in Chains, Layne Staley, intitulada Layne Staley: Get Born Again, em um filme".Em 2008, foi anunciado que o ator Lathan McKay interpretará o vocalista.Layne Staley ainda hoje , carrega seu estilo musical nas letras jovem que trazem suas influencias como nas bandas
Cash Cash e Dirteens.
Com relação ao campo da literatura e criticismo, estudiosos como Edward Carvalho (autor de solitary, poor, nasty, brutish and short, Fine Tooth Press 2006) diversas vezes consideraram as letras de Staley e Cantrell como componentes essenciais do papel da Geração X no discurso pós-modernista.
Cantrell afirmou em diversas entrevistas quanto ao Alice in Chains que
"Layne é insubstituível, não somente como um cantor, mas como uma pessoa.
Nós todos o amávamos". Nos concertos de reunião do Alice in Chains
(com William Duvall) há um intervalo onde é exibido um tributo de cinco minutos
entre os sets da banda.
Staley foi classificado na 27ª posição da lista dos "100 Melhores Vocalistas de Heavy Metal de Todos os Tempos" da revista Hit Parader
(publicada na edição de novembro de 2006).
Staley foi uma inspiração para o título do álbum de 2008 do Metallica, Death Magnetic, quando o guitarrista Kirk Hammett trouxe uma fotografia de Staley ao estúdio onde o Metallica estava gravando. "Aquela imagem ficou lá por bastante tempo", disse Hammett, "Eu acho que ela penetrou na psique de James [Hetfield]".
Em 2002, a mãe de Staley, Nancy McCallum, e Jamie Richards, um conselheiro de drogas e álcool, formaram o Layne Staley Fund, uma organização sem fins lucrativos que angaria fundos para tratamento de dependentes de drogas e trabalha com a comunidade musical de Seattle. Organiza um tributo anual em agosto, no dia ou perto do aniversário de Staley.
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